A Vinda De Jesus
A VINDA DE JESUS.
Espírito: EMMANUEL.
A manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a
dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes.
Começava a era definitiva da maioridade espiritual da Humanidade terrestre, de
vez que Jesus, com a sua exemplificação divina, entregaria o código da
fraternidade e do amor a todos os corações.
Debalde os escritores materialistas de todos os tempos vulgarizaram o grande
acontecimento, ironizando os altos fenômenos mediúnicos que o precedera,. As
figuras de Simeão, Ana, Isabel, João Batista, José, bem como a personalidade
sublimada de Maria, tem sido muitas vezes objeto de observações injustas e maliciosas; mas a realidade é que somente com o concurso daqueles mensageiros
da Boa-Nova, portadores da contribuição de fervor, crença e vida; poderia, Jesus
lançar na Terra os fundamentos da verdade inabalável.
Muitos séculos depois da sua exemplificação incompreendida, há quem o veja
entre os essênios, aprendendo as suas doutrinas, antes do seu messianismo de
amor e de redenção. As próprias esferas mais próximas da Terra, que pela força
das circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens que do sincero
aprendizado dos espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões
contraditórias da Humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas.
O Mestre, porém, não obstante a elevada cultura das escolas essênias, não
necessitou de sua contribuição. Desde os seus primeiros dias na Terra, mostrou-se
tal qual era, com a superioridade que o planeta lhe conheceu desde os tempos
longínquos do princípio.
Do seu divino apostolado nada nos compete dizer em acréscimo das tradições
que a cultura evangélica apresentou em todos os séculos posteriores à sua vinda à
Terra, reafirmando, todavia, que a sua lição de amor e de humildade foi única em
todos os tempos da Humanidade.
Dele asseveravam os profetas de Israel, muito antes da manjedoura e do
Calvário: - “Levantar-se-á como um arbusto verde, vivendo na ingratidão de um
solo árido, onde não haverá graça nem beleza; Carregado de opróbrios e
desprezado dos homens, todos lhe voltarão o rosto. Coberto de ignomínias, não
merecerá consideração; É que Ele carregará o fardo pesado de nossas culpas e de
nossos sofrimentos, tomando sobre si todas as nossas dores; Presumireis na sua
figura um homem vergando ao peso da cólera de Deus, mas serão os nossos
pecados que o cobrirão de chagas sanguinolentas e as suas feridas hão de ser a
nossa redenção. Somos um imenso rebanho desgarrado, mas, para nos reunir no
caminho de Deus, Ele sofrerá o peso das nossas iniqüidades. Humilhado e ferido,
não soltará o mais leve queixume, deixando-se conduzir como um cordeiro ao
sacrifício; O seu túmulo passará como o de um malvado e a sua morte como a de
um ímpio; Mas, desde o momento em que oferecer a sua vida, verá nascer uma
posteridade e os interesses de Deus hão de prosperar nas suas mãos”.
FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavie